segunda-feira, 7 de março de 2011

Um dia Feliz

“Um dia feliz... Às vezes é muito raro” São exatamente 6;10 da manhã, as coisas ultimamente estão meios tristes pra mim, sempre ensinaram-me a ter um alto estima elevada, na teoria sempre me dizia que existiam obstáculos ou apenas acontecimentos em nossas vidas que com o tempo iam consumindo toda nossa alto estima e assim íamos nos tornando bolas murchas. Sempre tive uma idéia fixa, nunca me deixar abater por nada, ter sempre a iniciativa de fazer as coisas acontecerem e jamais esperar dos outros, pois os outros estariam sempre preocupados de mais com os problemas deles.



Tenho 21 anos, sabe sempre tive minha fonte de renda, mesmo sendo pouco sempre tive um “trabalho” ou bicos melhor dizendo, me lembro bem que comecei a trabalhar com uns 14 anos, trabalhei de doméstica depois de babá até bóia fria eu já fui, sabe nunca precisei de nada disso, pois minha mãe mesmo sendo sozinha sempre conseguiu me dar de tudo, tive experiências incríveis principalmente nos meus meses de bóia fria, pra se ter experiências e saber como as coisas acontecem é preciso viver e experimentar muitas coisas, saía de casa com uma roupa limpinha uma mochilinha nas costas ainda era madrugada, às vezes saiamos as 4 ou 5 da manhã, um ônibus cheio de gente pessoas que riam mesmo não tendo motivo algum, muitos com rugas no rosto, outros com algumas deficiências físicas mas sempre era tão divertidos, tudo era motivo pra brincar, zoar. Chegávamos à roça o sol estava querendo nascer, e como aqui em Goiás o horizonte é longe, é lindo ver tanta terra a sua frente e no final ver os raios que pouco a pouco iam ficando cada vez mais visíveis.


O trabalho era pesado às pernas e as costas doíam muito, também eu não tinha prática, mas eu ficava pensando na minha dor, ai eu olhava para as pessoas que trabalhavam comigo e via sorrisos de rostos cansados sempre era uma alegria só, quando o sol estava a pino não havia calor mais havia vento, muito vento que não deixava o sol nos incomodar.


Hoje trabalho com a caneta na mão em um ambiente limpo e quieto, uma correria tão intensa e tão cansativa que só de imaginar dói. Pessoas que passam uma vida fazendo a mesma coisa, sentado na mesma mesa e olhando a mesma janela isso é tão limpo e tão morto, as responsabilidades são muitas e o stress cada vez maior, mas não existe muitas opções apenas uma rotina mórbida e cansativa. Um ambiente aonde é extremamente difícil manter o bom humor, e a bola cheia.

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