segunda-feira, 7 de março de 2011

Aprendendo a aprender

21 anos...

Estive pensando tudo que já vivi até o presente momento, e descobri que tenho a capacidade de entender coisas que apenas eram coisas, quando pequena sempre tive uma estranha sensação de liberdade, me lembro muito bem que costumava a correr pelos lugares e sempre ter a sensação de que tudo era grande demais, olhava para as arvores e tinha a sensação de que não importa qual fosse à altura se eu caísse lá de cima provavelmente eu morreria, sempre fazia pequenas possas de água no chão e sempre sentia medo, pois as formigas podiam morrer afogadas, o que pra mim era pequeno para elas era um oceano.
Hoje vejo as crianças na rua, sinto dó, remorso e chego a pensar que talvez essas mesmas crianças podem não ter um par de chinelas, porém quando me recordo de mim criança sempre colocava as chinelas no chão e saia correndo descalço e isso era bom, pois se corria mais rápido sem a chinela, enfim o mundo é simples quando se é criança.

Hoje os problemas adultos são decodificados pela minha mente, existe uma preocupação continua com o mundo e tudo que nele acontece, parece que o peso de todas as coisas ruins caem sobre minha cabeça, e deve ser por isso que meu cabelo ta caindo tanto.

O mundo é mais complicado do que se parece ser, porém tenho a leve impressão que somente eu tenho a preocupação do mundo.

Quando tinha ai meus 15/16 anos aprendia muito rápido, hoje vejo que confundir nomes é normal e tudo acontece em uma velocidade consideravelmente lenta se comparado a antes. Porém as entrelinhas são percebidas e realmente aprender é algo magnífico, posso dizer que é mágico, estou aprendo a ter um pouco mais de calma e vejo que envelhecer não é algo ruim e sim gratificante, pois a percepção do mundo se torna cada vez mais precisa. O livro velho é aonde contém a base do conhecimento, as pessoas velhas são os poços de sabedorias, são coisas jamais conquistados em bancos de escola.
Aprender a aprender é olhar o mundo e não somente entende-lo é entender que primeiramente aprendeu-se a olhar pra somente depois aprender a olhar e entender alguma coisa.

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